Que
uma boa parte do que usamos no nosso dia a dia é de vidro, nem é preciso dizer.
Do material são feitos objetos dos mais ordinários até as construções de mais
alta tecnologia do mundo. Na arquitetura, os vidros são parte fundamental do
ato de projetar porque a um só tempo admitem a passagem de luz do sol para
dentro dos edifícios e os mantêm protegidos da chuva, dos ruídos e de outros
elementos externos.
Ainda
que a relação entre vidros e luminosidade seja parte inerente da arquitetura,
nas últimas décadas as possibilidades de uso desse material se multiplicaram. É
espantosa a variedade de tipos de vidro disponíveis atualmente, o que os torna
cada vez mais um dos grandes protagonistas de qualquer obra.
Para
compreendermos um pouco de cada tipo de vidro existente e suas diferentes
aplicações, é preciso entender um pouquinho de como é fabricado esse material
fundamental.
Existem,
naturalmente, diversos processos para se obter o vidro, desde os mais
rudimentares e artesanais até os mais tecnológicos, empregados nas grandes
fábricas. O que é interessante saber, no entanto, é que o vidro é sílica
fundida e resfriada: basicamente (e em termos bastante leigos) areia derretida e
resfriada, com mais alguns aditivos que modificam o ponto de fusão do material.
Dependendo
de outros componentes adicionados durante o processo de fabricação, obtemos
vidros diferentes. Por exemplo, um composto de ferro deixa o vidro esverdeado;
se colocarmos compostos de ferro, carbono e enxofre, o material fica da cor de
garrafas de cerveja.
Quais
são os tipos de vidro mais comuns na construção civil?
Vamos
explicar abaixo os grandes subgrupos desse material e a diferença entre eles.
Mas é preciso ter em mente que, além desses grandes grupos, existem vidros com
estampas, serigrafias, cores diferentes, vitrais e muitas outras diferenças
que, somadas, tornam o material extremamente versátil.
Vidros
do tipo cristal
Costumamos
chamar de cristal o vidro transparente e quebradiço, do tipo mais comum. As
janelas comercializadas prontas geralmente vêm com vidro cristal, que quando
quebra deixa pedaços cortantes e pontiagudos. Os espelhos também são produzidos
com vidro cristal.
Vidros
Temperados
Os
temperados fazem parte do que chamamos na construção civil de "vidros de
segurança", por conta de sua elevada resistência. O nome vem do processo
de fabricação do vidro, que passa por uma "têmpera".
A
têmpera é um processo pelo qual o vidro é aquecido a altas temperaturas e
depois resfriado muito rapidamente. Esse processo eleva muito a resistência do
material se comparado ao vidro comum.
Muitos
na construção civil chamam esse vidro de "Blindex", que, na verdade,
é o nome de um dos muitos fabricantes desse tipo de material. Os vidros
temperados são utilizados em sistemas sem caixilhos, embora possam ser
aplicados em esquadrias que exijam mais segurança. Portas de vidro e boxes de
banheiro, assim como janelas laterais de carros, são exemplos clássicos do uso
de vidro temperado.
O
vidro temperado estilhaça, ou seja, se quebrar, estoura em inúmeros pedaços
pequenos e não-cortantes, o que é uma de suas mais conhecidas vantagens.
O
vidro temperado é mais caro do que o comum, mas não admite erros: após o
processo da têmpera, o vidro não pode ser cortado. Ou seja, se o vão for mal
medido e a lâmina produzida com as dimensões erradas, não tem como corrigir e o
produto está perdido.
Vidros
laminados
Os
vidros laminados são também são "vidros de segurança", só que um
pouco mais modernos. Sua aplicação na construção civil tem sido cada vez mais
frequente.
O
laminado é uma espécie de sanduíche de vidro. Entre duas lâminas de vidro do
tipo cristal ou temperado (dependendo do uso que se irá fazer) há uma película
de plástico, geralmente um material chamado polivinil butiral, ou PVB. Mas
existem outros tipos de "recheio".
Fonte:
http://casaeimoveis.uol.com.br/tire-suas-duvidas/arquitetura/qual-a-diferenca-entre-vidro-temperado-laminado-e-cristal-quando-usar-cada-um.jhtm
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