quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Qual a diferença entre vidro temperado, laminado e cristal? Quando usar cada um?




Que uma boa parte do que usamos no nosso dia a dia é de vidro, nem é preciso dizer. Do material são feitos objetos dos mais ordinários até as construções de mais alta tecnologia do mundo. Na arquitetura, os vidros são parte fundamental do ato de projetar porque a um só tempo admitem a passagem de luz do sol para dentro dos edifícios e os mantêm protegidos da chuva, dos ruídos e de outros elementos externos.
Ainda que a relação entre vidros e luminosidade seja parte inerente da arquitetura, nas últimas décadas as possibilidades de uso desse material se multiplicaram. É espantosa a variedade de tipos de vidro disponíveis atualmente, o que os torna cada vez mais um dos grandes protagonistas de qualquer obra.
Para compreendermos um pouco de cada tipo de vidro existente e suas diferentes aplicações, é preciso entender um pouquinho de como é fabricado esse material fundamental.
Existem, naturalmente, diversos processos para se obter o vidro, desde os mais rudimentares e artesanais até os mais tecnológicos, empregados nas grandes fábricas. O que é interessante saber, no entanto, é que o vidro é sílica fundida e resfriada: basicamente (e em termos bastante leigos) areia derretida e resfriada, com mais alguns aditivos que modificam o ponto de fusão do material.
Dependendo de outros componentes adicionados durante o processo de fabricação, obtemos vidros diferentes. Por exemplo, um composto de ferro deixa o vidro esverdeado; se colocarmos compostos de ferro, carbono e enxofre, o material fica da cor de garrafas de cerveja.

Quais são os tipos de vidro mais comuns na construção civil?

Vamos explicar abaixo os grandes subgrupos desse material e a diferença entre eles. Mas é preciso ter em mente que, além desses grandes grupos, existem vidros com estampas, serigrafias, cores diferentes, vitrais e muitas outras diferenças que, somadas, tornam o material extremamente versátil.

Vidros do tipo cristal

Costumamos chamar de cristal o vidro transparente e quebradiço, do tipo mais comum. As janelas comercializadas prontas geralmente vêm com vidro cristal, que quando quebra deixa pedaços cortantes e pontiagudos. Os espelhos também são produzidos com vidro cristal.




Vidros Temperados

Os temperados fazem parte do que chamamos na construção civil de "vidros de segurança", por conta de sua elevada resistência. O nome vem do processo de fabricação do vidro, que passa por uma "têmpera".
A têmpera é um processo pelo qual o vidro é aquecido a altas temperaturas e depois resfriado muito rapidamente. Esse processo eleva muito a resistência do material se comparado ao vidro comum.
Muitos na construção civil chamam esse vidro de "Blindex", que, na verdade, é o nome de um dos muitos fabricantes desse tipo de material. Os vidros temperados são utilizados em sistemas sem caixilhos, embora possam ser aplicados em esquadrias que exijam mais segurança. Portas de vidro e boxes de banheiro, assim como janelas laterais de carros, são exemplos clássicos do uso de vidro temperado.
O vidro temperado estilhaça, ou seja, se quebrar, estoura em inúmeros pedaços pequenos e não-cortantes, o que é uma de suas mais conhecidas vantagens.
O vidro temperado é mais caro do que o comum, mas não admite erros: após o processo da têmpera, o vidro não pode ser cortado. Ou seja, se o vão for mal medido e a lâmina produzida com as dimensões erradas, não tem como corrigir e o produto está perdido.

Vidros laminados

Os vidros laminados são também são "vidros de segurança", só que um pouco mais modernos. Sua aplicação na construção civil tem sido cada vez mais frequente.
O laminado é uma espécie de sanduíche de vidro. Entre duas lâminas de vidro do tipo cristal ou temperado (dependendo do uso que se irá fazer) há uma película de plástico, geralmente um material chamado polivinil butiral, ou PVB. Mas existem outros tipos de "recheio".


Fonte:
http://casaeimoveis.uol.com.br/tire-suas-duvidas/arquitetura/qual-a-diferenca-entre-vidro-temperado-laminado-e-cristal-quando-usar-cada-um.jhtm

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