sábado, 14 de abril de 2012

PLACA CIMENTÍCIA

Dica de uso da placa cimentícia em sistemas construtivos

 

Processos construtivos mais rápidos e simples vêm ganhando espaço no Brasil. Na Europa e Estados Unidos já são amplamente utilizados em substituição a alvenaria convencional na construção civil, seja em projetos de casas populares, como em prédios comerciais. As vantagens custo x benefício, agilidade e praticidade são características que fazem desses sistemas uma possibilidade cada vez maior, aliados a uma visão de construção sustentável, pois sua utilização proporciona uma obra mais limpa.
            Segundo a Brasilit as placas são 100% reutilizáveis, possuem alta resistência a impactos, elevada durabilidade, resistem ao ataque de cupins e micro-organismos, são incombustíveis e proporcionam bom isolamento termoacústico. Além disso, recebem um tratamento impermeabilizante que lhes confere menor absorção de umidade e maior estabilidade dimensional, dispensando impermeabilização adicional na obra.
            O Steel Frame – método que utiliza uma base estrutural de aço – e outros processos de construção modular são exemplos que caminham para essa nova realidade. As placas cimentícias são complementos essenciais, nesses casos, para a constituição de paredes sólidas, divisórias e mezaninos, permitindo que a obra ganhe criatividade e flexibilidade, pois atualmente, o mercado oferece opções de cores, texturas e formatos.
O uso da placa cimentícia agrega valor a obra, especialmente em projetos em que há necessidade ou preocupação em otimizar o espaço físico, tempo e qualidade de acabamento. É uma alternativa rápida, limpa e econômica para construção civil, pode ser aplicada em áreas interna e externas, além de suprir algumas restrições do gesso ao cartonado no que se refere à utilização em áreas molhadas.
A placa cimentícia é uma ótima alternativa para sistemas de construção seca. Para projetos que justifiquem uma preocupação com os detalhes, a opção pelas placas permite cronogramas mais bem definidos, mão-de-obra qualificada, menos geração de entulho, ganho de área útil  e menor sobrecarga nas fundações e lajes.
Sua aplicação é ideal em paredes internas e externas, fachadas, beirais e “oitões”, shafts, módulos construtivos, Steel Frame, entre outras, permitindo inclusive o uso em fechamentos curvos, que são paredes curvas em projetos mais arrojados. A utilização é tanto em áreas secas, como úmidas, pela impermeabilidade. Também são produtos não-inflamáveis, resistentes à flexão, intempéries, imunes a fungos, insetos, roedores. Outras características das placas cimentícias: não-oxidantes, não apodrecem, e são resistentes a impactos. Há também a vantagem de permitirem vários tipos de acabamentos, ou já levarem revestimentos.
As placas cimentícias garantem total respeito ao meio ambiente, considerando todo o ciclo de vida do produto: fabricação, montagem e descarte. A mistura de cimento, fios sintéticos e fibras celulósicas é perfeitamente ecologica.

Aplicações dos Sistemas Construtivos
Dimensões, pesos e aplicações
Espessura
Comprimento
Largura
Peso da Placa
Peso p/ m²
Aplicações
6 mm
2,00 m
2,40 m
3,00 m
1,20 m
1,20 m
1,20 m
24,4 kg
29,4 kg
36,7 kg
10,2 kg
10,2 kg
10,2 kg
Divisórias leves, forros, dutos de ar-condicionado.
8mm*
2,00 m
2,40 m
3,00 m
1,20 m
1,20 m
1,20 m
32,6 kg
39,2 kg
49,0 kg
13,6 kg
13,6 kg
13,6 kg
Paredes internas em áreas secas e úmidas, revestimentos de paredes comuns ou em subsolos.
10 mm*
2,00 m
2,40 m
3,00 m
1,20 m
1,20 m
1,20 m
40,8 kg
49,0 kg
61,2 kg
17,0 kg
17,0 kg
17,0 kg
Utilizadas para áreas secas e úmidas, internas e externas. Ideais no fechamento externo em sistemas steel ou wood framing e isolamentos termoacústicos.
12 mm*
2,00 m
2,40 m
3,00 m
1,20 m
1,20 m
1,20 m
48,9 kg
58,8 kg
73,5 kg
20,4 kg
20,4 kg
20,4 kg
Para uso interno na compatibilização com o Drywall ou em fechamentos internos ou externos que necessitem de maior espessura por questões estéticas ou físicas específicas.
* Placas disponíveis com bordas longitudinais rebaixadas para junta invisível.

Vantagens e diferenciais
» Respeito ao meio ambiente
Produto sem amianto, 100% reciclável. A composição de cimento Portland, fios sintéticos e fibras celulósicas é perfeitamente ecológica.
» Resistência à umidade
Não se degrada na presença de umidade.
» Elevada resistência a impactos
Garantida pelos fios sintéticos.
» Resistência a cupins e micro-organismos
Graças à matriz cimentícia que não favorece o desenvolvimento de micro-organismos.
» Resistência a fogo
Incombustível.
» Elevada durabilidade
Característica de um microconcreto armado.
» Flexibilidade
Para compor superfícies curvas.
» Bom isolamento térmico
Apresenta baixa condutibilidade térmica.
» Bom isolamento acústico
Devido à densidade do material.
» Facilidade nos acabamentos
A superfície das placas permite aplicar vários tipos de acabamento, como pintura, texturas, cerâmicas, pastilhas, laminados plásticos etc.

REFERÊNCIAS
http://www.reformafacil.com.br/construcao-seca-ecologicamente-correta-com-placas-cimenticias
http://blogdaeternit.com.br/construcao-civil/dica-de-uso-da-placa-cimenticia-em-sistemas-construtivos/
http://www.brasilit.com.br/produtos/paineis/placa-cimenticia.php

sábado, 7 de abril de 2012

PROJETO RESIDENCIAL MULTIFAMILIAR


Como planejar uma Cozinha.


Por que planejar bem a cozinha?

A cozinha é um dos espaços mais utilizados em uma residência. Cada vez mais tem sido integrada à sala e vem ganhando status social, devendo ser não apenas funcional, mas bela.
Pensar sua posição na planta e detalhes funcionais, como iluminação e ventilação, evita dores de cabeça e traz conforto e qualidade de vida. Confira nossas dicas para acertar no seu planejamento!

Posição na Planta

Ao construir o ideal é setorizar os ambientes, dividindo-os em social, serviço e privado. A cozinha normalmente encaixa-se como serviço, mas considerando seu uso integrado à sala de jantar, torna-se também social, exigindo organização e estética adequada para este propósito: receber visitas.
Normalmente ela tem ligação com a lavanderia, já que muitos dos produtos utilizados em uma, são também usados na outra (produtos de limpeza, vassouras, rodos, ...).

A cozinha deve estar próxima da sala de jantar (facilidade de acesso levando panelas e utensílios diversos), ter acesso fácil a partir do ponto de chegada das compras (garagem) e torna-se agradável se tiver ligação (mesmo que apenas visual) com o jardim, inspirando os momentos de descanso.
Caso a cozinha seja fechada o ideal é que os quartos tenham acesso a esta por circulação separada da sala para que não seja necessário passar por esta área social ao se dirigir a ela.
Não faça degraus entre a cozinha e a sala de jantar, pois poderá causar acidentes (ao carregar panelas e pratos de um ambiente para o outro).

Distribuição esquemática das áreas de uma casa. Em muitos casos a sala e a cozinha são integradas e neste caso ambas são áreas sociais. Fonte: Portal Clique Arquitetura.

Piso

Ao escolher o piso opte por tipos que possuam pouca porosidade (impermeáveis), evitando assim o acúmulo de sujeiras como a gordura. Deve ser resistente à água e, caso prefira, pode optar por um modelo antiderrapante, evitando escorregões e acidentes.
Escolha materiais que permitam um rejunte menor (reduzindo a área permeável e sujeita a manchas por sujeiras). O porcelanato, por exemplo, tem peças maiores e exige um rejunte com pelo menos a metade da espessura da cerâmica que geralmente é de 5mm.
Quanto à escolha da cor procure aqueles de tonalidade clara para que transmita a sensação de limpeza. Cuidado com os pisos mais brancos, já que sempre haverá alguma sujeira e o rejunte poderá ficar muito marcado (alguns tipos de cozinha ficam bem com pisos escuros - a escolha dependerá do conceito do projeto).


Iluminação

A cozinha deve ter iluminação externa direta. Valorize a iluminação natural: é econômica (sustentável), possui ótima qualidade de luz para a realização das tarefas e por ser confortável visualmente influencia positivamente o estado emocional das pessoas.
A janela deve ter uma boa área para que permita a entrada de luz e ventilação, devendo ter uma área mínima igual a 1/8 da área da cozinha (padrão retirado do anexo III do decreto 212/2007 que regulamenta as edificações do Município de Curitiba).
Iluminação artificial: lâmpadas fluorescentes geram luz adequada para a realização das tarefas e também economia de energia. Lâmpadas dicróicas (halógena) possuem alta eficiência e podem ser utilizadas para gerar destaque em determinados pontos focais e também para facilitar o trabalho sobre as bancadas, já que a qualidade da luz que emitem permite uma reprodução adequada das cores e um trabalho mais minucioso ao lidar com os alimentos.

 

Tipos de Cozinhas

Para planejarmos melhor a cozinha podemos levar em consideração os tipos de disposição que podemos formar em função do espaço disponível. Devemos considerar os elementos determinantes existentes em nosso espaço (confira Cozinha: Organização e Planejamento) e as circulações (confira Cozinha: Ergonomia e Circulação).
O espaço é pensado e planejado considerando como elementos principais a geladeira, o fogão e a pia, formando um triângulo de trabalho.
Existem os seguintes modelos de cozinha: cozinha linear, cozinha linear com ilha, cozinha paralela, cozinha em U, cozinha em L.


Cozinha Linear

Normalmente este modelo é utilizado quando a cozinha é estreita e longa. O ideal é que a pia fique no meio (entre fogão e geladeira) permitindo que estes dois fiquem separados e o meio funcione como espaço de apoio para estas duas áreas.

Cozinha Linear com Ilha

Neste modelo é possível criar o triângulo distribuindo as circulações adequadamente.Caso a cozinha tenha espaço, esta bancada pode também funcionar como mesa de refeições. Mas deve-se notar que ao deixar o fogão longe da pia a tarefa de levar panelas e condimentos de um local para o outro se torna muito mais demorada, exigindo maior movimentação.
Ela se aplica bem às cozinhas gourmets que tem como objetivo permitir  que o cozinheiro interaja com seus convidados, conversando naturalmente, enquanto estes assistem ao preparo dos alimentos e degustam porções.

Cozinha Paralela

O ideal neste caso é deixar a pia e o fogão lado a lado e a despensa do lado oposto (incluindo a geladeira). A cozinha em paralelo permite distribuir e organizar bem as tarefas.

Cozinha em U

Neste modelo de disposição as circulações se tornam muito fáceis e bem distribuídas. É possível conseguir uma ótima distribuição e aproveitamento dos móveis, conseguindo linearidade e uniformidade.

Cozinha em L

Este modelo também permite distribuir as tarefas no “triângulo” e livra um espaço para que uma mesa possa ser colocada funcionando como copa/cozinha.

Setorização

Para organizar as atividades divida os locais dentro de sua cozinha em:
o   Área de preparo dos alimentos;
o   Limpeza;
o   Cocção;
o   Estoque (despensa);
o   Refeições.


Veja mais em http://www.cliquearquitetura.com.br